É interessante observar como ainda existe certa “distância” entre as empresas e como funciona, de fato, a divulgação à Imprensa. É comum pensar que qualquer assunto que pareça viável ou importante para a marca pode ser também viável e importante para os veículos. Quem dera!
A verdade é que, pra analisar a viabilidade de um assunto, temos que olhar com os olhos do leitor do veículo para o qual queremos sugerir a pauta.
Sua empresa pode ter alçado um crescimento considerável no último ano, mas se ela ainda não for conhecida do grande público, não adianta criar expectativas de que ela será notícia numa Época Negócios ou Exame, logo de primeira. Porque, quem, de fato, lê esses veículos, pode ainda nunca ter ouvido falar na sua marca. Então, que relevância esse tipo de notícia pode ter para o público desses veículos?
O assunto muda, no entanto, se partirmos para a imprensa especializada, por exemplo. Sua marca pode já ser bem conhecida entre os leitores do seu segmento. Neste caso, o interesse aumenta quando se trata dos veículos segmentados.
Se o interesse é chegar à grande Imprensa, é importante entender que toda notícia precisa ser adaptada. Veículos que atingem um número maior de público interessam-se por dados mais macro, informações que, de fato, vão fazer diferença para o leitor. Quem sabe se o enfoque não fosse, por exemplo, em quanto a sua empresa cresceu, mas em como está se comportando o seu mercado, com dados novos, pesquisas recentes, e então oferecer sua empresa como “case”, ou dica de fonte para falar de crescimento?
Isso vale, também, para o tipo de notícia que se quer divulgar. Informações muito (ou meramente) institucionais, por exemplo, embora sejam de grande importância para a empresa, pouco interessam à Imprensa, de forma geral. Elas são melhor aproveitadas em outros canais de comunicação da marca, como newsletters (bem direcionadas), redes sociais, áreas específicas para notícias no site da empresa etc.
Certa vez, recebemos uma demanda de divulgação de um patrocínio a um evento, voltado a um público muito específico. Era importante, para a empresa, divulgar a informação. Nestes casos, explicamos como funciona e por que não devemos gerar tanta expectativa com relação a resultados de Imprensa. Por que, na prática, é só analisarmos: o que interessa mais ao público dos veículos – mesmo que especializados: saber da realização de um evento que ele possa ter interesse em participar ou saber que a marca “x” patrocina esse evento?
Neste caso, a estratégia foi preparar uma chamada falando da realização do evento e, na sequência, informando o patrocínio. Ainda assim, com muita sorte, teremos notícias falando do evento (se é que a assessoria oficial do organizador ainda não divulgou) e também do patrocínio. Mas o resultado melhor, aqui, certamente será o trabalho da informação em outros canais de comunicação que a empresa já tenha com seus clientes.
Assim, tudo o que a marca planejar divulgar à Imprensa precisa ser analisado – e adaptado – aos veículos com quem ela quer se comunicar. Muitas vezes, abrir mão de enviar algum conteúdo para um veículo que sabemos que não se interessará pelo assunto é “ganhar pontos” com ele. Quando as redações reconhecem que a assessoria só envia assuntos relevantes, o índice de abertura das mensagens cresce, assim como a credibilidade da assessoria e do próprio cliente.
A comunicação assertiva dá sempre um melhor resultado.
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